segunda-feira, 28 de junho de 2010

CAMINHO APERTADO ( Parte1 )

“... E partir daí começar o trajeto por um caminho muito conhecido, mas pouco desejado...”

“ 13. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; 14. e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram.” ( Mateus7:13-14).

Sem dúvida nenhuma estamos vivenciando um tempo muito difícil, nossa geração não tem tido idéia de qual a direção a ser seguida. Pior que isso é ver que aqueles que deveriam estar dando suporte, servindo de esteio, de coluna, sendo exemplo de pai, bom marido, de bom cidadão, bom vizinho, bom profissional, sendo modelo de honestidade, de caráter, de integridade, são exatamente esses que se auto-elegem timão do povo que deveria ser tratado como povo de DEUS, não como massa de manobra para realização de projetos que são mais pessoais do que celestiais. Esses são todos os que colocam o EU na frente do DEUS, se fazendo senhores, primeiro de si mesmos, depois do mundo e de todos. Que absurdo!
Mateus Sete é uma doce pancada, é uma marretada constrangedora com intuito de sepultar de uma vez por todas, todo excesso de bagagem, porque não dá pra prosseguir com tantas malas e bugigangas que são acumuladas ao longo da nossa trajetória que de tão efêmera tornou-se vã, tão vã que se faz necessário nos depararmos com um aviso bem grande do departamento de trânsito celestial, nos avisando que o caminho está errado e que estamos no ponto de convergência, onde teremos que deixar todos os excessos para trás, sabedores de que o retorno ao caminho estreito deve no mínimo nos fazer lembrar do caminho estreito que andou JESUS, lembra da VIA-CRÚCIS?
O Caminho Chamado Via-Crúcis

A via-crúcis, a chamada via dolorosa reflete exatamente o que é esse caminho apertado nos revela, o nome já é bem sugestivo, mas o que sugeriu esses nomes não foi outra coisa senão a passagem de CRISTO por ali, é interessante ressaltar que por onde JESUS passa esse lugar fica marcado, muda, até a história daquela rua foi mudada com a passagem do MESTRE e do Seu madeiro, seria tão bom se isso acontecesse com a maioria de nós, aquela rua tem duas histórias: AC e DC.
No livro (Quando os Anjos Silenciaram) Max Lucado relatando detalhes da expedição que provavelmente foi laboratório para composição do livro, descreve:
“Caminhar pela Via-Crúcis por onde o Salvador andou não é um passeio tranqüilo. Ao contrário, é preciso lutar contra um mar de vendedores, soldados, camelôs e crianças.
Tomem cuidado com suas carteiras, alertou-nos Joe.
Já estou tomando, pensei.
Joe shulam é judeu messiânico educado em Jerusalém e muito respeitado tanto pelos judeus como pelos gentios. Especializou-se em estudos sobre a doutrina dos rabinos. Sua experiência em arqueologia fez dele um pesquisador. Mas foi seu amor pelo Messias e pela casa perdida de Israel que o tornou benquisto por tantas pessoas...
A cada três ou quatro passos um camelô interrompia meu caminho, balançando brincos ou lenços diante de mim. Como seria possível meditar naquela confusão?
A Via-crúcis é assim. Um caminho comprido tão estreito que as pessoas andam esbarrando umas nas outras. Nos locais em que não há muros altos e tijolos em suas laterais, vêem-se lojas muitos antigas que vendem de tudo, desde brinquedos, vestidos, turbantes até CD’s. Uma parte do caminho é reservada ao mercado de carnes. O odor embrulhou meu estômago e as vísceras de carneiros fizeram-me olhar para o outro lado. Andando rápido para alcançar Joe , perguntei:
Essa rua já era um mercado de carnes no tempo de Cristo?
-Era, ele respondeu- Para chegar até a cruz Ele precisou atravessar um matadouro.
“Levei alguns minutos para registrar o significado daquelas palavras na mente...” .

Que bom que Joe, o guia lembrou-se de um detalhe tão relevante e ao mesmo tempo assustador, tão assustador que a imagem do caminho para crucificação na verdade mostra JESUS a caminho do caminho que nós deveríamos ter seguido e que por falta de “estômago” (porque não podíamos e nem tão pouco podemos, se quer nos manter por si só no caminho, quem dirás transportar o madeiro, o Cirineu não o fez de bom grado, nós também não faríamos...) Fomos agraciados, tiramos a sorte grande, e por que não dizer: Uma grande salvação? O Kairós se faz Cronos e o Cronos se faz Hagios e esses Hagios por um amor incondicional se deram mais do que bem, assim poderíamos a fim de apresentar o Kairós, pensar sobre o que Joe respondeu: “- Para chegar até a cruz Ele precisou atravessar um matadouro.” Essa resposta não seria umas das muitas prerrogativas da cruz? Não seria um alerta? Não seria um obituário antecipado ou quem sabe um doce e assustador aviso, lembro-me de quando criança, se o assunto fosse morrer, era rapidamente associado à imagem da morte com aquela foice enorme dizendo vim te buscar... Hoje essa imagem é mais conhecida pela garotada como: Ceifador Sinistro de Billy & Mandy. Pense sobre o que é atravessar um matadouro, imagine-se na fila para morrer, faça uma viagem comigo: Você assistiu ao filme Paixão de Cristo de Mel Gibson? A cena em que JESUS começa sua trajetória com a cruz até chegar ao “gueto” eternizado caminho da cruz em que o cirineu é obrigado a ajudar a carregar a cruz, pois bem se reporte para lá, ouça o grito dos camelôs, dos ambulantes totalmente alheios, observe as prostitutas e seus cafetões negociando, os mestres celebrando a decadência mais tarde certificada como a própria, a vangloria dos centuriões e seus subordinados por estar matando o que já estava morto antes da fundação do mundo, aqueles que eram intitulados amigo, tentado esconder em meio à multidão o que já estava mais do que patente, que era o que? Se não suas próprias vergonhas e o medo de padecerem com Seu Mestre, continue observando e veja que alguns dos sacerdotes nem se deram conta, preferiram cuidar do templo e de tudo que envolvia os sacrifícios, lembram de que época estamos falando? Não seria a Páscoa e também o tempo da colheita, onde todos trariam suas primícias supondo estar trazendo ao Senhor?
Essa sexta-feira que ficou eternizada da paixão, não revela meio que profeticamente um pouco ou quase tudo, senão tudo daquilo que estamos vivenciando e testemunhando nessa era gospel? Tão fria quanto o termo, tão sem raiz quanto sua origem “Tio-sanmica”, parece-me que dispensamos o que é natural e adotamos a cultura das Dollys, dos Óvinis e dos Chupa-cabras que nos são tão gentil e satanicamente oferecidos, e pior, nos são apresentados como coisa que foi DEUS que falou, que Deus mostrou, como uma nova visão, porque Deus é o Deus do novo! Dizem, (como se houvesse algo que Deus ainda não tivesse pensado).
Eu creio que Deus é um Deus de novidades, o que eu não acredito é que Deus seja o Deus desses estorvos que cada vez mais estão cortinando o tabernáculo, e complicando o que JESUS na cruz descomplicou e facilitou, lembro-me até de JOÃO ALEXANDRE: “RECOSTURANDO O VÉU QUE CRUZ JÁ RASGOU...”
A novidade de Deus é o verbo, é a palavra, é o CRISTO, o JESUS e as direções que apontam seus passos que nem sempre são agradáveis e cheios de flores e perfumes cantados em muitas de nossas canções e reuniões que são “apelidadas” de igreja, até nossa visão quanto à igreja é estranha, é tacanha, é pobre, é anti-bíblica, é anti-evangelistica, é desvirtuada e sem sentido, percebe-se que os sacerdotes dessa nova aliança tem se “Elienado” afastando-se assim daquilo que verdadeiramente é a igreja do DEUS VIVO, que é coluna e baluarte da verdade e aproximando-se cada vez mais da degradação, do demérito, da desonra, do descrédito, do irracional, do desequilíbrio, da inconstância, da insensatez, tendo a sensação de certeza mais nunca andando em verdade, dizendo ter visto Deus, mais sem nunca O ter conhecido, testemunhando ter ouvido a voz do Todo-Poderoso, mais em nenhum momento distinguindo-a das vozes do mundo, e mais, caminhando rumo à falência não a de riquezas mais a da alma, e se aprofundando cada vez mais nesse atoleiro mais conhecido como nossa humanidade e pecaminosidade perdendo o foco de vez do caminho, da verdade e da vida. E entrar por essa trajetória não seria estar entrando pelo caminho largo e espaçoso que é o caminho da perdição? E JESUS disse ainda: “... muitos são os que hão de entrar por ele...”
Lembrar do estreito que andou JESUS é muito bom, pois no mínimo nos reporta ao real sentido do evangelho: O nascer em CRISTO, o crescer NA PALAVRA, o fortalecer-se NO ESPÍRITO, o padecer PERSEQUIÇÕES, o levar a CRUZ e MORRER por ela, pois o sujeito homem ou mulher que perder a própria vida por ela, GANHA-LA-Á e o que poupar a própria vida em detrimento da cruz, PERDE-LA-Á. No caso dos que estão de fora e se perdem, é compreensível, pois estes se perdem por que não conhecem a verdade ou ainda não aceitaram a verdade, o pai deles é o pai da mentira, se perdem por que estão por ai no mundo, ficaram encapetados, endemoniados e entraram por essa avenida que é o caminho da perdição, para estes que estão de fora e se perdem é compreensível, aceitável não, compreensível sim! Os intitulados da fé, que estão “dentro” e ainda assim se perdem a resposta é simples, se você ainda não pulou nada, nenhuma linha ou trecho, você já entendeu o que eu quis dizer não é mesmo? É claro que sim! Com toda certeza é interessante registrar que os que se perdem um dia se acharão e se achando, encontrarão Jesus e conhecendo o Cristo, conhecerão a nós, e isso pode ser o maior “back”, pois é possível que os que estavam perdidos encontrem entre os “achados” gente mais perdida do que ele mesmo dantes, e isso seria lamentável!
Então, esse caminho apertado, ou gueto, ou caminho estreito, ou Via-Crúcis, enfim, chame do que quiser, mas nunca se esqueça dos valores, da representatividade, da incondicional riqueza, do fundamento, da herança, do propósito, do alvo, do chamamento, da condição, da trajetória, do destino e do fim celestial que esse eterno gueto há de nos conduzir, e todos os que almejam o céu hão de padecer por ele, embalados e encorajados por uma fé que não é essa fé sobrenatural como muitos gostam de incrementar para “sacudir” o povo que muitas vezes perece por falta de conhecimento e sensatez, até porque, qualquer aspecto relacionado a Deus, já é sobrenatural em si mesmo, que tolice a nossa, somos usados para tudo e por todos, menos por ELE e para ELE e nem sempre para ELE são todas as coisas.